Enquanto as famílias de baixa renda enfrentaram uma alta significativa na inflação em outubro, impulsionada principalmente por alimentos e energia, as famílias de renda mais alta sentiram um alívio nos preços, especialmente em transportes. 

Foto: REUTERS/Sergio Moraes

Inflação pesou mais na renda de famílias de baixa renda, segundo o Ipea

Essa disparidade se deve à maior concentração de gastos das famílias de baixa renda em itens básicos, que tiveram preços mais elevados no período.

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Famílias de baixa renda foram as mais afetadas pela inflação no ano, com um aumento de 4,17%. Já as famílias de alta renda tiveram a menor inflação, de apenas 3,20%. Em 12 meses, a diferença se mantém: a inflação para as famílias de muito baixa renda chegou a 4,99%, enquanto para as de alta renda foi de 4,44%.

Os dados são do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A descompressão inflacionária observada entre as famílias de alta renda foi impulsionada, em grande medida, pela queda expressiva nos preços de passagens aéreas (-11,5%) e transportes por aplicativo (-1,5%), que atenuaram o impacto do aumento nos gastos com serviços de recreação e lazer (1,4%).