O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul fez um acordo com a candidata a vereadora Paula Camargo para que ela parasse de utilizar um jingle com uma frase que produz duplo sentido. A candidata do município de Rio Pardo (RS) utilizou o jingle intitulado "Paula Dentro" em suas redes sociais.

Foto: Reprodução

Candidata Paula Camargo teve jingle proibido de ser utilizado

A música utilizada em sua campanha possui versos como "O que as mulheres 'tão' pedindo? Paula dentro!", e também "Rio Pardo também precisa de Paula dentro", o que provocou duplo sentido, no entendimento do MP.

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"A retirada da música utilizada foi feita a partir de um acordo com a própria candidata [...]. Em reunião no dia 26 de agosto, após repercussão pela conotação sexual que o jingle causou, a candidata concordou em reavaliar a propaganda", disse o MP em nota.

A candidata disse aceitou o acordo, mas que discordou do entendimento da promotora Christine Mendes Ribeiro Grehs sobre a música em questão. Ela tentou explicar que a música não é pejorativa pois seu nome é Paula. O caso não foi judicializado.

A promotora citou dois artigos que fundamentaram sua medida de suspender o uso do jingle:

• Artigo 242: a propaganda, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, mencionará sempre a legenda partidária e só poderá ser feita em língua nacional, não devendo empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais.
• Artigo 243: não será tolerada propaganda: (...) que deprecie a condição de mulher ou estimule sua discriminação em razão do sexo feminino, ou em relação à sua cor, raça ou etnia, cujo inciso é um recente acréscimo advindo da Lei nº 14.192/2021.

 Paula Camargo disputa as eleições pela primeira vez e diz que queria que sua música viralizasse nas redes sociais pois não possui recursos para promover sua campanha.

Veja o vídeo: