Suspeito de executar o ex-delegado Ruy Ferraz Fontes já foi identificado
Trata-se de um indivíduo com um extenso histórico criminal, incluindo passagens por tráfico e rouboO Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, forneceu detalhes sobre a investigação do assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ocorrido na segunda-feira (15/09) em Praia Grande. O velório do ex-delegado-geral da Polícia Civil reuniu a cúpula da segurança do estado.
Um dos suspeitos do crime, conforme divulgado por Derrite, já foi identificado. Trata-se de um indivíduo com um extenso histórico criminal, incluindo passagens por tráfico, roubo e internação na Fundação Casa durante a adolescência.
No velório, Derrite comentou sobre o perfil do suspeito e destacou seu envolvimento anterior no sistema carcerário. A identificação desse criminoso marca um avanço significativo nas investigações.
Quem era Ruy Ferraz Fontes
Ruy Ferraz Fontes dedicou mais de 40 anos à Polícia Civil de São Paulo, ocupando posições de destaque como delegado-geral e diretor do Decap. Ele também atuou em unidades estratégicas, enfrentando o crime organizado, especialmente o PCC, sendo visto como um de seus principais adversários.
Até seu assassinato, Fontes era secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande, cargo que assumiu em janeiro de 2023.
Detalhes do crime
O crime ocorreu após o carro de Fontes capotar. Três criminosos se aproximaram, sendo que um deles, armado com um fuzil, manteve uma posição de vigilância enquanto os outros dois executaram Fontes com mais de 20 disparos.
Os veículos utilizados foram incendiados para eliminar vestígios, uma prática comum em crimes desse tipo. Esses carros haviam sido roubados na capital paulista.
O secretário-executivo da Segurança Pública, Osvaldo Nico, afirmou que Fontes era um alvo determinado e que o crime tinha um "nome certo". O governador Tarcísio de Freitas classificou o ato como "covarde".
Histórico e ameaças
Em 2006, Fontes foi responsável por indiciar a cúpula do PCC, incluindo Marcola, e mapeou a estrutura da facção nos anos 2000. Ele conduziu investigações essenciais, como no caso do juiz Machadinho em 2003 e os ataques de 2006, tornando-se um alvo do grupo criminoso.
Fontes expressou preocupação com sua segurança após um assalto em dezembro de 2023, mencionando o perigo que ele e sua família enfrentavam.
Investigação em andamento
Uma força-tarefa com mais de 100 policiais está mobilizada em Praia Grande. O caso é conduzido pelo DHPP com apoio do Deic, e todas as possibilidades estão sendo investigadas, incluindo vingança e ligações ao trabalho de Fontes na prefeitura.
A Polícia Federal e o Ministério Público também estão oferecendo apoio. A desembargadora Ivana David acredita que as câmeras de segurança serão cruciais para resolver o caso.
O velório ocorre no Hall Monumental da Alesp, com sepultamento no Cemitério da Paz, em São Paulo. Duas pessoas ficaram feridas na ação, mas não correm risco de vida.