Câmara de Teresina vai discutir mudanças em projeto que pode aumentar IPTU
Parlamentares articulam emendas para ajustar valores considerados acima da realidade econômicaA Câmara Municipal de Teresina deve analisar, nas próximas semanas, alterações no projeto de lei encaminhado pelo Executivo que regulamenta a aplicação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). A proposta da Prefeitura tem gerado resistência entre parlamentares, que avaliam a necessidade de ajustes nos critérios definidos.
O texto original foi elaborado para regulamentar o reajuste do imposto, aprovado em 2024 ainda na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa, mas que só entrará em vigor em 2026, em respeito ao princípio da anterioridade tributária. O projeto atual não cria novos valores, mas define a forma de aplicação gradual do aumento previsto em lei.
Segundo a Prefeitura, a modulação escalonada prevê que, a partir de 2026, sejam aplicados 40% da atualização nos terrenos e 70% nas construções. Em 2027, o percentual sobe para 50% nos terrenos, mantendo 70% para edificações, até atingir 80% nos terrenos em 2030, com a mesma alíquota para construções.
Parlamentares, no entanto, consideram que os valores propostos não refletem a realidade econômica da cidade. Grupos de vereadores articulam a apresentação de emendas ao texto, incluindo também questionamentos sobre outras taxas, como o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). A expectativa é de que as propostas alternativas sejam discutidas nas comissões temáticas e em audiência pública marcada para a próxima semana.