Conecta Piauí

Notícias

Colunas e Blogs

Blogs dos Municípios

Outros Canais

Municípios em Foco

Notícias das gestões municipais e as ações que fazem a diferenças nas cidades piauienses.

Prefeitura de Ilha Grande é condenada a indenizar servidor por caso de perseguição

O valor da indenização é de R$ 5 mil por danos morais após afastamento do servidor público
Municípios em Foco

A Prefeitura de Ilha Grande do Piauí foi condenada a indenizar o servidor público José Carlos Freitas, conhecido como "Carlim da Ambulância", no valor de R$ 5 mil por danos morais, após afastamento considerado como perseguição política. Concursado desde 1999 e com mais de 26 anos de serviço ao município, o servidor alegou ter sido afastado de suas funções sem justificativa legal.

Foto: ReproduçãoPrefeita de Ilha Grande, Marina Brito
Prefeita de Ilha Grande, Marina Brito

A sentença foi proferida no processo nº 0806425-70.2022.8.18.0031, movido em 2024, e determinou o imediato retorno de José Carlos ao cargo de origem, além do pagamento retroativo de todos os adicionais suprimidos durante o período de afastamento. A Prefeitura recorreu, mas teve o recurso negado. A decisão transitou em julgado e está em fase de execução.

Nova acusação levanta suspeitas de perseguição continuada

Mesmo após a derrota judicial, um novo episódio reacendeu as denúncias de perseguição política. No dia 6 de junho de 2025, José Carlos foi acusado de ter negado o uso de uma ambulância a pacientes da rede pública e de ter abandonado o veículo em uma estrada da zona Rural. Ele nega as acusações e afirma que o automóvel apresentou problemas mecânicos no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), tendo sido removido por reboque. O servidor apresentou fotos como prova da quebra do veículo.

Foto: ReproduçãoPrefeitura de Ilha Grande é condenada a indenizar servidor por caso de perseguição
Prefeitura de Ilha Grande é condenada a indenizar servidor por caso de perseguição

Apesar da documentação apresentada, a prefeita Marina Brito determinou a instauração de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) por meio da Portaria nº 86/2025, no dia 12 de junho, para apurar a conduta do servidor. José Carlos, por sua vez, ingressou com nova ação na Justiça, alegando continuidade na perseguição e pedindo providências contra a prefeita e dois secretários municipais envolvidos no caso.

Foto: ReproduçãoPrefeitura de Ilha Grande é condenada a indenizar servidor por caso de perseguição
Prefeitura de Ilha Grande é condenada a indenizar servidor por caso de perseguição

Ministério Público deve apurar conduta da gestão

Diante da repercussão, o Ministério Público do Estado do Piauí deve instaurar um procedimento para investigar se a atual gestão municipal cometeu abuso de poder e perseguição política. A conduta pode configurar improbidade administrativa e outras infrações legais.

Nota do servidor José Carlos

Em relação aos conteúdos recentemente veiculados em sites, blogs e redes sociais envolvendo o nome do servidor público José Carlos Freitas, é necessário restabelecer a verdade e denunciar publicamente o uso irresponsável da internet como instrumento de destruição de reputações e disseminação de inverdades.

O senhor José Carlos Freitas, nascido e criado no município de Ilha Grande do Piauí, é servidor público concursado desde 1999, com mais de 26 anos de serviços prestados com zelo, responsabilidade e total ausência de qualquer sanção administrativa ou penalidade disciplinar. Sua atuação como motorista de ambulância sempre foi marcada por compromisso e ética, razão pela qual é amplamente reconhecido pela população local pelo apelido carinhoso de “Carlim da Ambulância”.

Nunca ocupou cargo político, tampouco utilizou a estrutura pública para fins pessoais. Ingressou no serviço público pela via legítima do concurso, pela porta da frente, ao contrário de muitos que veem na administração pública um meio de vida, e não um instrumento de serviço à sociedade.

José Carlos Freitas é pai, avô, homem de bem e profissional respeitado, que ao longo de sua vida pautou sua conduta pela honestidade, moralidade e valores éticos, transmitindo tais princípios à sua família e à comunidade.

Infelizmente, em razão de suas convicções políticas, o servidor passou a ser vítima de perseguição política, o que resultou em seu injusto afastamento da função de motorista de ambulância, função essa que exercia há décadas, com perdas salariais relevantes, como o adicional noturno e o adicional de insalubridade.

Diante desse cenário de violação de direitos, o senhor José Carlos buscou amparo na Justiça, como é próprio de um Estado Democrático de Direito. No processo nº 0806425-70.2022.8.18.0031, o Poder Judiciário reconheceu os abusos sofridos e determinou:

• O imediato retorno do servidor à sua função originária, sob pena de multa diária;

• O pagamento retroativo dos adicionais suprimidos;

• A indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00, devidamente atualizados.

Esses fatos são públicos e devidamente comprovados nos autos judiciais, e evidenciam a tentativa de retaliação política contra um servidor honesto, respeitado e que apenas deseja exercer seu trabalho com dignidade.

Além disso, novos processos judiciais estão em curso, inclusive ações cíveis e criminais contra os responsáveis por calúnias, difamações e conteúdos maliciosos que circulam na internet tentando desconstruir sua imagem perante a sociedade.

Quanto ao processo administrativo disciplinar instaurado pela Portaria nº 86/2025, de 12 de junho de 2025, causa estranheza o contexto em que se deu tal abertura, e não é necessário grande esforço para perceber suas motivações. Mesmo assim, o senhor José Carlos está sereno, confiante em sua inocência e firme em sua defesa, devidamente amparado por seus advogados, e irá comprovar a total infundamentação das acusações.

Por fim, cumpre lembrar:

“A justiça tarda, mas não falha. E aos inocentes, não há por que temer a verdade.”

Prefeitura

O espaço do Conecta Piauí fica aberto para esclarecimentos por parte da prefeita de Ilha Grande do Piauí, Marina Brito.

Com informações do Portal do Águia

Comente