Falso delegado alvo da PF incriminava vítimas por pedofilia para aplicar golpes
O principal alvo se utilizava de uma fotografia de um delegado de Polícia Federal do estado do PiauíO delegado Eduardo Monteiro, da Polícia Federal, detalhou como atuava o falso delegado, responsável por aplicar golpes contra vítimas no Piauí e Minas Gerais, alvo da Operação Aldrabão deflagrada na manhã desta quinta-feira (04/09), com cumprimentos de mandados no Rio Grande do Sul.
Segundo o delegado, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nos endereços dos investigados. Os levantamentos realizados durante de duas semanas indicaram que o principal alvo se utilizava de uma fotografia de um delegado de Polícia Federal do estado do Piauí para executar os estelionatos.
“Eles chantageavam as pessoas ameaçando de incriminar por pedofilia, pessoas em diversos estados da federação. A partir da investigação a gente localizou os suspeitos, a gente efetuou a busca e apreensão, agora a gente vai ficar na análise do material aprendido para ver as próximas fases”, explicou.
Ainda conforme as investigações, as vítimas não tinham envolvimento com qualquer crime de pedofilia, e apenas ficaram com receio do contato de um suposto delegado de Polícia Federal com o nome da instituição no WhatsApp. Com isso, as vítimas acabavam cedendo a pressão e realizando pagamentos para o estelionatário.
“Ele pediu em média 5 mil reais em cada vítima. Chegou a receber. Foram duas vítimas que a gente identificou, mas tem muito mais vítimas a serem identificadas. A gente recebeu a notificação do caso há cerca de duas semanas, então a gente ainda vai aprofundar pra saber a extensão dos danos praticados por ele”, abordou.
“Ele já foi preso pelos crimes de tráfico de drogas. Foi solicitada a prisão temporária. No entanto, o juiz entendeu que a prisão domiciliar já surtiu o efeito necessário, no entanto a gente vai ainda aprofundar a investigação e eventualmente podemos solicitar uma nova medida cautelar”, concluiu.