Motorista que causou acidente com morte de músico em Teresina vai a júri popular
Caso ocorreu em 30 de maio de 2024 e provocou a morte do baixista Carlos Henrique
Redação
O Tribunal do Júri de Teresina decidiu, nesta quinta-feira (04/08), que Josep Machado da Ponte Netto Junior, motorista de uma caminhonete envolvida em um grave acidente de trânsito em maio de 2024, será julgado por um júri popular pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Já a passageira e proprietária do veículo, Bárbara Beatriz da Silva dos Santos, foi absolvida sumariamente e terá a liberdade garantida.
O acidente
O caso ocorreu em 30 de maio de 2024, quando uma Toyota Hilux SW4, conduzida por Josep, colidiu com um Fiat Punto em uma via da capital piauiense. O impacto provocou a morte de Carlos Henrique de Araújo Rocha, passageiro do Punto, e deixou gravemente ferido Francisco Valderis Camilo Sousa, motorista do aplicativo que conduzia o carro.
De acordo com a investigação, a Hilux fugia de uma perseguição policial, trafegava a 93,7 km/h em via de 60 km/h e avançou um sinal vermelho antes da colisão.
Na sentença, o juiz entendeu que há indícios suficientes para que Josep responda a julgamento no Tribunal do Júri. Ele foi pronunciado por homicídio qualificado (dolo eventual) em relação à vítima fatal e por tentativa de homicídio em relação ao motorista sobrevivente.
A prisão preventiva do acusado foi mantida, levando em conta seu histórico criminal, com passagens por furto, roubo e receptação, e o risco que sua liberdade representaria à ordem pública.
Já Bárbara, que estava no banco do passageiro e era proprietária da Hilux, foi absolvida sumariamente. O magistrado destacou que não havia provas de que ela tivesse incentivado a fuga ou participado da conduta criminosa. Sua soltura foi determinada, desde que não esteja presa por outros processos.
Bens apreendidos
Na mesma decisão, o juiz determinou o destino de itens apreendidos com os acusados:
- Duas armas de fogo (Taurus) serão destruídas ou destinadas ao Exército;
- R$ 108,00 em espécie será devolvido a Josep, por falta de vínculo comprovado com crime;
- Uma TV LG de 50 polegadas retornará ao dono legítimo;
- Droga semelhante ao crack será incinerada.
Com a decisão, apenas Josep seguirá para julgamento pelo júri popular, formado por cidadãos que decidirão se ele é culpado ou inocente das acusações. O Ministério Público ainda pode recorrer da absolvição de Bárbara.
