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Saiba quem é o estudante de medicina morto por policial durante abordagem em SP

Durante a confusão, um policial militar atirou à queima-roupa no peito do jovem

O estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro à queima-roupa durante uma abordagem policial, na madrugada dessa quarta-feira (20/11), na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. O caso, que foi registrado por câmeras de segurança, gerou grande repercussão sobre a conduta dos agentes envolvidos.

Foto: Reprodução
Estudante de medicina é morto por policial durante abordagem em São Paulo

Marco era o filho caçula de um casal de médicos peruanos naturalizados brasileiros, que vive no país há mais de 20 anos. Nascido prematuramente, ele concluiu o ensino médio com apenas 15 anos e inicialmente chegou a ser aprovado no vestibular de direito, mas escolheu seguir os passos dos pais e do irmão, formando-se na medicina. O jovem cursava o quinto ano na Universidade Anhembi Morumbi.

O crime

O caso ocorreu por volta das 2h50 na Rua Cubatão, próximo ao hotel onde Marco estava hospedado com uma mulher. Segundo o boletim de ocorrência, os policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado relataram que o estudante teria dado um tapa no retrovisor da viatura durante o patrulhamento e fugido em seguida.

As imagens de câmeras de segurança mostram que Marco, sem camisa, entrou no saguão do hotel, onde foi perseguido pelos policiais. Na gravação, um dos agentes tentou puxá-lo pelo braço enquanto o outro desferiu um chute contra o jovem. Durante a confusão, o policial Guilherme atirou à queima-roupa no peito de Marco. Os agentes afirmaram no boletim que o estudante teria tentado pegar a arma de um deles, o que justificaria o disparo.

Foto: Reprodução
Estudante de medicina é morto por policial durante abordagem em São Paulo

Marco foi socorrido e levado ao Hospital Ipiranga, onde passou por cirurgia após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu por volta das 6h40.

Os dois policiais envolvidos foram afastados de suas funções enquanto as investigações estão em andamento. A família de Marco, profundamente abalada, exige justiça e transparência sobre os eventos que levaram à morte do jovem.

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